quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Critica ao filme Elephant

Elephant (2003)
Gus Van Sant
Critica ao filme

Este filme que tem um fundo verídico, é um filme onde se conta a história de dois jovens digamos que perturbados, que decidem, certo dia levar armas para a escola de Liceu de Columbine, e matar uns tantos alunos.
Na minha opinião ao nível de história é muito boa pois um filme inspirado numa história real é por vezes muito bom e este filme é um desses onde mostra alem da história tem uma moral muito boa devido a mostrar que a vida é muito boa para se perder e pare se desistir dela.
Na sua forma de realização está bem elaborado pois mostra-nos a vida de vários jovens no, ao que tudo indicava, o seu normal dia de aulas. Eli, John, Acadia, Michelle, Brittany e Jordan são alguns desses jovens. Seguimos o percurso de cada personagem muito lentamente, eles a andarem pelos longos corredores, de costas para o público, pelos longos corredores da escola, a repetir várias vezes a mesma cena. Na minha opinião um filme com uma realização diferente, mas boa pois eu não estava habituada a assisti outro tipo de realização mais rotineira. Sem dúvida que o que mais impressiona é o clima criado por Van Sant. Aliada à calma, em que se vai passando o dia naquela escola, pressentimos ao mesmo tempo que algo de terrível vai acontecer.
Um liceu onde parece que é um pouco banal, mas revela um pouco de frieza, isto é apesar de ser um mero liceu parece que este tem algo obscuro.
Quanto ás personagens acho que foi também uma escolha certa devido a não serem personalidades famosas, para se aproximar mais da realidade, gostei muito do Eli por ser uma personagem que teve um gesto amistoso, cordial e ilustre para com os outros a avisar que algo ia a acontecer, mesmo não sabendo o que se ia passar.

Marilisa Borges 11º C


Critica de outra pessoa recorrendo á Internet

http://olucidomundomaluco.weblog.com.pt/arquivo/035871.html

"Elephant" - crítica ao filme
Mais um dia como outro qualquer num qualquer liceu americano. É esta a proposta de que Gus van Sant (“O Bom Rebelde” , “Descobrir Forrester”) nos apresenta. Um retrato do dia-a-dia. Só que o dia de hoje é diferente. Aliás não é o dia que é diferente, ele é que vai terminar de forma diversa: com dois alunos a entrar na sua escola e a matar indiscriminadamente quem lhes aparece à frente qual videojogo “shoot ‘em up”.“Elephant” foi Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano derrotando adversários como o excelente “Dogville” e “Mystic River” (que estreia agora em Portugal) e a sua valia cinematográfica é inegável apesar dos parcos meios com que foi rodado. Sem dúvida que o que mais impressiona é o clima criado por Van Sant. Aliada à calma quase exasperante em que se vai passando o dia naquela escola, pressentimos ao mesmo tempo que algo de terrível vai acontecer. Que a trovoada vai começar. E a metragem vai correndo paulatinamente, deixando o espectador com uma espera angustiante do mal que sabe que vai acontecer (até pela técnica narrativa de cruzar as histórias contemporâneas até que todas atinjam o momento do desenlace). Van Sant não pretende aqui formular “porquês” ou “comos”, pretende apenas mostrar o quotidiano no liceu. Um liceu cujas paredes e corredores nos transmitem uma enorme frieza como se de uma mera fábrica se tratasse. As relações pessoais tão banais como em todas as escolas: desde a pequena briga, aos namoros, às actividades pedagógicas, os mais e os menos integrados. O duo que prepara o massacre choca, além do óbvio da carnificina, pela sua relação mecânica, feita de gestos e actos que não transparecem a mínima emoção e a mínima preocupação valorativa parecendo, não que não conhecem a diferença entre o bem e o mal mas mais: que nunca ouviram falar deles, ou pelo menos já o esqueceram. “Elephant” faz-nos entrar e ser participante passivo do acontecimento que retrata fazendo-nos pensar que aquilo pode acontecer a qualquer hora em qualquer lugar: parados no trânsito, no emprego, numa praia. Devido ao mal que um ser humano pode gerar dentro dele? Perante a exclusão social? Seguramente por qualquer um deles.

Miguel Machado

2 comentários:

kell disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
kell disse...

vi e não gostei, embora a tentativa da mensagem a ser passada seja boa e um grande alerta a nossa sociedade, o filme em si é muito cansativo, lento,passagens muito demoradas, vc vê o filme mas este nega ao espectador a boa narrativa, o bom discurso... sei que a intenção do filme é mostrar um dia comum, como somos alheios ao que está debaixo dos nosso olhos e como também evitamos nos preocupar com aquilo que não nos diz respeito, mas a narrativa deixa a desejar,é como um livro que tem uma boa sinopse, mas a história se perde no caminho!